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Pierre Cardin vende parte de seu patrimônio

Diias antes de completar 87 anos, a lenda da moda francesa, Pierre Cardin, está se desfazendo de grande parte de seu império na China, dizendo que pretende "vender tudo o que tem". "É uma questão de idade", disse o estilista, que aniversaria no dia 2 de julho. Cardin disse em uma entrevista por telefone que tem um acordo "iminente" para a venda da licença de seus produtos (masculino, feminino e infantil) e acessórios (cintos e bolsas) na China para duas empresas chinesas, por 200 milhões de euros (280 milhões de dólares). Um porta-voz da Pierre Cardin anunciou que as duas empresas seriam a Jiangsheng Trading Company e a Cardanro; segundo ele, Cardin tem licenças em 140 países. Como grande empresário e ao mesmo tempo estilista inovador, Pierre Cardin começou a investir na China em 1978, e foi um dos primeiros estrangeiros a tentar ganhar este mercado. As 32 licenças que serão vendidas após dois meses de negociações, disse Cardin, não incluem o Maxim's, restaurante que faz parte dos negócios de alimentação da empresa. Na manhã desta segunda-feira o grupo negou em entrevista à imprensa chinesa que estaria vendendo toda a marca Pierre Cardin. "Isso não representa a venda total do grupo Pierre Cardin", disse em entrevista à AFP o porta-voz da empresa. "O estilista está negociando com companhias chinesas apenas certas licenças, como o fez no Japão, por exemplo." Um jornal do sudeste da China, o Shenzhen Commercial Daily, divulgou que a companhia chinesa Jiansheng, da província de Guangdong, ofereceu 200 milhões de euros (280 milhões de dólares) para comprar a marca e espera fechar negócio em um mês. O estilista, que diz ter de 500 a 600 licenças em todo o mundo, enfatiza que vendeu todas as que tinha no Japão, há 15 anos. As vendas do império Pierre Cardin estão estimadas em seis bilhões de euros, mas vários setores estão no vermelho, de acordo com jornais frances, como restaurantes, revistas e teatro. "Vou vender tudo o que tenho". "Estou começando com a China". Cardin, que abriu sua Maison em 1949, diz que se alguém quiser comprar toda a marca Pierre Cadrin, exceto os perfumes, isso poderia custar "bilhões de euros". Em 2008, Pierre Cardin ficou em 71º lugar, com uma renda estimada em 500 milhões de euros, na lista das maiores fortunas da revista Challenge.