A família de Michael Jackson começou a retomar o controle do destino dos bens e dos três filhos do astro, sem ainda ter definido um funeral após a morte repentina do rei do pop na quinta-feira (25/06).
O patriarca da família, Joseph Jackson, surpreendeu a todos no domingo ao comparecer a um tributo organizado ao cantor pelo canal Black Entertainment Television (BET), que também celebrou sua premiação anual a artistas e atletas negros em Los Angeles.
[SAIBAMAIS]Jackson, 79 anos, atravessou o tapete vermelho ao lado do advogado da família, Londell McMillan, que informou à imprensa que a mãe de Michael Jackson, Katherine, vai solicitar a custódia dos três filhos do cantor. Também informou que até o momento não viu nenhum testamento de Michael.
Sobre as circunstâncias da morte por parada cardíaca de Michael Jackson na quinta-feira, aos 50 anos, em uma mansão alugada de Bel-Air, que levantaram suspeitas sobre o médico pessoal do artista, Conrad Murray, o pai declarou que tem muitas dúvidas.
"Tenho muitas dúvidas. Não posso entrar em detalhes, mas não gosto do que aconteceu", afirmou o pai do rei do pop ao canal CNN.
O advogado McMillan confirmou a realização de uma segunda autópsia, mas completou que não poderia falar mais a respeito e que outras informações serão anunciadas em breve sobre a investigação oficial, que "a família acompanha de perto".
Vestido de preto, com óculos escuros e chapéu, o patriarca dos Jackson disse que ainda não se tomou uma decisão sobre o funeral do filho, mas que a família está trabalhando no assunto.
Na parte mais polêmica da morte, o médico de MJ, figura crucial na investigação sobre as causas exatas do óbito, negou ter administrado qualquer analgésico no astro pouco antes da tragédia.
A polícia considera o doutor Murray uma testemunha e não um suspeito da morte, que levantou dúvidas na família.
O reverendo e ativista político Al Sharpton se reunirá nesta segunda-feira com os Jackson em Los Angeles para discutir o funeral de Jackson.
De acordo com a imprensa, Sharpton revelou que a família está considerando uma série de tributos simultâneos ao redor do mundo para demonstrar a popularidade do ícone do pop, que vendeu mais de 750 milhões de discos em uma carreira de quatro décadas.
Na homenagem extraoficial do BET, realizada no Auditório Shrine de Los Angeles, as figuras mais famosas da música, do cinema, televisão e esporte da comunidade negra se reuniram para cantar e recordar o ídolo de "Thriller", que contribuiu para romper as barreiras raciais.
"Ele é uma das razões pelas quais Barack Obama é presidente. Ele começou a mudança no mundo sobre como se percebe a comunidade afroamericana", afirmou o magnata do hip hop Sean 'P. Diddy' Combs.
"Nós sentimos sua falta e o amamos. Simplesmente nos sentimos devastados", declarou a cantora Alicia Keys, que pediu às pessoas que recordem o artista "de forma respeitosa, positiva".
Milhares de admiradores de Jackson continuam deixando lembranças à estrela do rei do pop na Calçada da Fama de Hollywood e na casa da família em Encino. Os passeios turísticos em Los Angeles pelas casas dos famosos já incluíram a residência onde morreu Michael Jackson.
A rede de lojas de vendas de CDs HMV informou que multiplicou por 80 a demanda pela obra de Jackson após a morte do cantor, o maior salto de vendas na história, superior ao registrado depois dos falecimentos de Elvis Presley e John Lennon.