O porta-voz de Michael Jackson, o advogado Brian Oxman, disse nesta sexta-feira (26/06) que a morte do cantor "não foi inesperada", em razão "dos medicamentos que ele tomava". Amigo da família, Oxman disse à CNN que se preocupava com o uso de remédios pelo astro, e que os membros da equipe dele facilitavam o acesso do cantor às substâncias. "Se você acha que o caso de Anna-Nicole Smith foi um abuso, não foi nada em relação ao que vimos na vida de Michael Jackson", afirmou o porta-voz no hospital onde os membros da família Jackson se reuniram. Smith, modelo da revista "Playboy", morreu de overdose em fevereiro de 2007.
"Não sei quantos remédios ele tomava, mas os relatos que vínhamos recebendo na família é que eram muitos", acrescentou Oxman. "Você avisa as pessoas que alguma coisa vai acontecer e isso uma hora acontece. Onde há fumaça, há fogo." O ex-assessor de Jackson Michael Levine disse num e-mail que não se surpreendeu com a morte do cantor. "Devo confessar que não estou surpreso com essa notícia trágica", declarou. "Michael esteve durante anos numa jornada frequentemente autodestrutiva e incrivelmente difícil", disse Levine. "Seu talento era inquestionável, assim como seu inconformismo com as regras do mundo. Um ser humano simplesmente não pode suportar esse nível de estresse prolongado."
Michael Jackson estava tomando medicamentos controlados ao mesmo tempo em que lutava para entrar em forma a fim de realizar uma turnê de retorno aos shows marcada para julho em Londres, capital da Grã-Bretanha, disse Oxman. Jackson, que ao longo da carreira conviveu por muito tempo com remédios controlados, estava tomando medicamentos desde que se machucou nos ensaios para a turnê, afirmou o advogado.