postado em 18/04/2017 06:00 / atualizado em 19/10/2020 13:16
Um dos exemplos positivos de financiamento ambiental é o Fundo Amazônia, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. O gerente de gestão pública Socioambiental do BNDES, Eduardo Bizzo, afirmou que o fundo já captou mais de R$ 2,9 bilhões em doações para projetos em ações de prevenção, monitoramento, conservação e combate ao desmatamento na região.
“É um mecanismo parecido com o desenvolvido na Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD) com pagamento por resultados. Cerca de 97% das doações são da Noruega, 2,5% da Alemanha e 0,5%, da Petrobras”, explicou.
A partir de contribuições dos países integrantes e da iniciativa privada, o fundo internacional pode movimentar até US$ 1,6 bilhão. Inicialmente, o governo norueguês, que já é o principal doador do Fundo Amazônia, deve injetar US$ 100 milhões no fundo. Até 2020, espera-se que o saldo chegue a US$ 400 milhões. Os recursos serão destinados aos países que incentivam ações de conservação e preservação das florestas.
“Até 2015, o Brasil deixou de emitir 5 bilhões de toneladas de carbono apenas pelas ações para reduzir o desmatamento da Amazônia. Essa foi considerada pelos ambientalistas como uma das maiores contribuições para evitar as mudanças climáticas no mundo”, ressaltou Bizzo.
Um caso de sucesso que ajudou a solucionar a crise hídrica de São Paulo foi a interligação das represas de Jaguari e Atibainha. “O BNDES investiu mais de R$ 747 milhões para viabilizar a obra com recursos do governo estadual para garantir a segurança hídrica em São Paulo”, explicou Bizzo.