A corrida por uma vacina contra a covid-19 mobiliza o mundo inteiro e deve chegar a um resultado em tempo recorde. Porém, mesmo com mais de 100 iniciativas em curso, a solução para a pandemia ainda deve demorar alguns meses.
Nesta segunda-feira (20/7), artigo publicado na revista The Lancet mostrou que a vacina desenvolvida pela Universidade Oxford, no Reino Unido, a mais avançada segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e em teste no Brasil, consegue induzir resposta imunológica. Nesta segunda, também chegaram ao Brasil as doses da vacina chinesa que será testada no país, inclusive em Brasília.
Primeiro, é realizad a etapa pré-clínica, quando são observados como é a produção de anticorpos e que moléculas estimulam essa produção. "Depois dessa definição, é sintetizado e faz os ensaios in vitro. No Brasil, existe toda uma legislação, tem que fazer testes em mais de uma espécie de animal, por exemplo", explica.
Por que a da covid-19 será mais rápida?
Com a covid-19, no entanto, várias empresas prometem vacinas ainda este ano. A professora Anamélia diz que isso é sim possível, porém, somente por alguns motivos específicos dessa pandemia. Um deles é a quantidade de dinheiro envolvido, e o outro é o vírus ser uma variação de dois outros patógenos já bem conhecidos: Sars e Mers, responsáveis por epidemias em 2003 e 2012, respectivamente."A fase pré-clínica já estava pronta. A proteína é a mesma da Sars e Mers. Eles estavam com isso na mão. E tem muito dinheiro envolvido. Estão fazendo testagens em milhares de pessoas ao mesmo tempo", explica a professora. "Nós só estamos nesse ponto hoje porque houve investimento antes", ressalta.
Saiba Mais
O desafio da distribuição
As nações de renda alta ou média terão que pagar pelos custos de suas vacinas, o que envolve o Brasil, e os de renda baixa receberão um financiamento para arcar com as despesas. A OMS tem como meta distribuir dois bilhões de doses pelo mundo até o fim de 2021.
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