"Os testes da CoronaVac, uma das vacinas em fase mais avançada, começam no hospital das clínicas em São Paulo, um dos maiores centros de tratamento do coronavírus do mundo e maior centro de saúde da América Latina", detalhou o governador de SP, João Doria, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
Uma comissão de pesquisadores internacionais irá avaliar os voluntários em consultas agendadas a cada duas semanas. A estimativa é de concluir todo estudo da fase três em até 90 dias. "Vamos informar aqui à opinião pública brasileira e internacional sobre evolução de cada resultando, respeitando os critérios éticos, científicos e contratuais de pesquisa. É um grande dia para ciência brasileira, dia de esperança para milhões de brasileiros e também para habitantes de outros países onde essa vacina poderá também ser aplicado", declarou Doria.
Além dos testes em São Paulo, a vacina será distribuída no âmbito do estudo para Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. Os participantes foram selecionados por meio de uma plataforma do Instituto Butantan, que fechou a parceria com a produtora chinesa da vacina.
Teste anteriores
A vacina já foi administrada com sucesso em cerca de mil pessoas na China nas fases de teste um e dois. Anteriormente, foi testada em macacos. Agora, o Butantan iniciará o ensaio clínico para verificar eficácia, segurança e o potencial do medicamento para produção de respostas imunes ao coronavírus.Saiba Mais
Durante a fala, Covas afirmou ter confiança nesta vacina, se referindo a ela como a mais avançada em termos de histórico por ter uma tecnologia conhecida e usada na produção de outras vacinas, o que garante uma vantagem competitiva. "A competição é contra a epidemia e essa vantagem nos dá esperança de chegarmos rapidamente à população", explicou. Se a vacina for efetiva, o Instituto Butantan vai receber da Sinovac, até o fim do ano, 60 milhões de doses para distribuição.