Na pesquisa, cientistas do Conselho Consultivo da Ciência e da Indústria da Austrália (CSIRO, na sigla em inglês) analisaram dados de 69 países. Os resultados mostram que as emissões diárias de carbono entre janeiro e abril deste ano caíram 17% quando comparadas às do mesmo período de 2019.
Segundo o artigo, essa é a maior redução das emissões de carbono desde a Segunda Guerra Mundial. As maiores quedas foram observadas na China e nos Estados Unidos, os dois países mais poluentes do mundo.
As medidas que mais contribuíram para esse efeito, segundo o estudo, foram o fechamento de fronteiras internacionais e o confinamento das pessoas por meio de medidas como o lockdown. Já os setores que mais reduziram as emissões de gás carbônico foram os de aviação (diminuição de 75%) e de transportes (50%).
Saiba Mais
Má notícia
Os pesquisadores, no entanto, dizem que o estudo traz uma má notícia, pois revela o grande impacto que as atividades econômicas ainda têm sobre o meio ambiente. Com a retomada econômica, o quadro de poluição anterior deve ser retomado."Esses números colocam em perspectiva o grande crescimento das emissões globais observado nos últimos 14 anos e o tamanho do desafio que temos para limitar as mudanças climáticas, de acordo com o Acordo Climático de Paris", escrevem. A meta do Acordo de Paris é manter o aumento da temperatura do planeta abaixo dos 2ºC.
Para os cientistas, há a necessidade de maiores investimentos na área de mobilidade urbana, dando mais opções para as pessoas se locomoverem nas cidades de forma menos danosa ao ambiente, como a pé ou de bicicleta.