Há várias semanas, dezenas de casos de pacientes sul-coreanos que tinham sido curados e voltaram a testar positivo gerou preocupação internacional.
Questionada pela AFP, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse estar "ciente desse tipo de paciente", sem mencionar o país asiático.
Saiba Mais
"Temos que coletar evidências de forma sistemática para entender melhor por quanto tempo (esses pacientes) mantêm o vírus 'ainda ativo'", explicou.
Em uma entrevista recente à BBC, Maria Van Kerkhove, uma das responsáveis pela gestão da pandemia na OMS, alegou que eram "células mortas" nos pulmões, que foram expulsas e que eram o vetor para indicar o teste como positivo.
"Não é o vírus contagioso, não é uma reinfecção, não é uma reativação. Faz parte do processo de recuperação", insistiu.
No entanto, essa resposta não esclarece completamente a questão crucial: existe imunização após a infecção pelo SARS-Cov-2 (vírus)? E se sim, por quanto tempo e em que grau?
"Não temos essa resposta", explicou Maria Van Kerkhove.
Por enquanto, os especialistas se baseaiam somente nos outros tipos de coronavírus, que não geram imunidade ao longo da vida, como a Sars, que apenas protegeu pacientes curados por alguns meses.