Correio Braziliense
postado em 11/03/2020 12:25
São Paulo, SP - O câncer de colo do útero atinge mais de 16 mil mulheres no Brasil por ano. Esses são os dados publicados recentemente pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), que já o leva a ser o terceiro tipo de câncer que mais acomete a população feminina.De acordo com o médico ginecologista, Dr. Rubens do Val, o número de casos da doença tem crescido bastante, devido ao aumento da transmissão do Papiloma vírus. "O HPV é o principal agente causador do câncer de colo do útero. Quando a incidência de infecção por esse vírus aumenta, obviamente que também cresce a incidência do câncer de colo do útero," explica.
O HPV é um vírus que pode ser transmitido somente através da relação sexual, seja ela uma relação vaginal, anal ou oral. Esse é um tipo de infecção que pode ser silenciosa, ou progredir de forma lenta, tendo os sintomas descobertos apenas quando já está em um estágio avançado. "Os HPV menos graves podem causar verrugas, como sintoma. Os HPV ditos oncogênicos mais graves, podem tardiamente levar ao sangramento vaginal principal sintoma." comenta o Dr. Rubens.
Prevenção do câncer de colo do útero
Ainda segundo o Dr. Rubens do Val, a prevenção é uma das melhores alternativas para combater o câncer de colo do útero, e a conscientização é fundamental nestes casos. "É muito importante o uso de preservativo em todo tipo de relação seja anal, oral ou vaginal. Isso ajudará a prevenir a doença", afirma
Exames ginecológicos preventivos também podem ser realizados pelas mulheres, o Papanicolau e a colposcopia são fundamentais para o diagnóstico precoce das lesões freando o processo oncogênico.
As formas de tratar a doença
Para as lesões causadas pelo HPV, desde que o problema seja diagnosticado precocemente, existem algumas formas de tratamento para evitar-se o câncer de colo do útero, mesmo em casos iniciais de câncer é possível tratar-se e curá-lo. Mas, até mesmo quando já é câncer, dependendo do estágio, é possível tratar e é totalmente curável.
"Podem ser tomadas algumas medidas para baixar a carga viral sem agredir o paciente, tais como a indicação do uso de vitaminas, para aumentar a baixa imunidade, o uso de vacinas e a prevenção de relação com o preservativo." esclarece o médico.
Em casos mais avançados é indicado cirurgia para retirada do tumor, que consiste na retirada do útero, os tratamentos de radioterapia e quimioterapia.
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