<div style="text-align: justify">[FOTO1]Administrar um tratamento para <strong>diminuir </strong>o <strong>nível de colesterol </strong>em pessoas com menos de <strong>45 anos </strong>pode <strong>reduzir o risco</strong> de <strong>doenças cardiovasculares</strong> mais tarde na vida, conclui um grande estudo divulgado nesta quarta-feira (4/12).</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os autores, que analisaram os dados de mais de <strong>400mil pessoas</strong> de <strong>19 países</strong> ocidentais por um período muito longo (até 43 anos em alguns casos), confirmam o vínculo entre uma taxa de colesterol excessivamente alta e o maior <strong>risco cardiovascular</strong> a <strong>longo prazo</strong>.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Mas também demonstram que esse risco aumentado é maior em pacientes relativamente jovens (menos de 45 anos) do que naqueles com mais de 60 anos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Assim, as mulheres com menos de 45 anos com um nível de colesterol LDL (o "mau") um pouco alto - entre 1,45 e 1,85 gramas por litro - que apresentam pelo menos dois fatores de risco para doenças cardiovasculares (como obesidade, diabetes, hipertensão ou tabagismo) têm 16% de chance de acidente cardiovascular antes dos 75 anos, de acordo com o estudo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">No caso de mulheres acima de 60 anos com o mesmo perfil, o risco é de 12%, de acordo com o estudo, publicado na revista médica britânica The Lancet.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Nos homens com as mesmas características, as chances são de 29% e 21%.</div><h3 style="text-align: justify">"Duração do exposição" </h3><div style="text-align: justify">"O que se sugere é que não é apenas o nível de colesterol, mas a duração da exposição a um colesterol alto que coloca a saúde em risco", ressalta Paul Leeson, professor de medicina cardiovascular da Universidade de Oxford (Reino Unido), em um comentário independente sobre o estudo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Com a ajuda de um modelo estatístico, os pesquisadores demonstram que, se metade da taxa de colesterol ruim for reduzida, com a ajuda, por exemplo, de medicamentos da família das estatinas, o risco cardiovascular em mulheres com menos de 45 anos cairia para 4% e nos homens para 6%. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]O colesterol HDL, descrito como "colesterol bom", é constituído por lipoproteínas que transportam o excesso de colesterol para o fígado, impedindo assim seu acúmulo nos vasos sanguíneos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O colesterol LDL é medido subtraindo a quantidade total de colesterol e a do colesterol HDL. Consiste em colesterol LDL (associado ao risco de aterosclerose, um endurecimento dos vasos sanguíneos devido à formação de ateromas) e triglicerídeos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Esses resultados consolidam a ideia de que o controle do nível de colesterol o mais rápido possível no decorrer da vida pode produzir melhores resultados do que esperar tratamento em uma idade avançada", diz Leeson. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">No entanto, antes de deduzir recomendações médicas, é necessário fazer mais pesquisas sobre como reduzir efetivamente o colesterol em pessoas relativamente jovens, especialmente sobre a relevância de fazer o tratamento continuamente por décadas, enfatiza.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os dados atuais sobre as estatinas "não avaliam tratamentos há várias décadas; portanto, o risco de efeitos colaterais que modificam a relação benefício-risco não está claramente estabelecido", estima Jennifer G. Robinson, professora do departamento de epidemiologia da Universidade de Iowa (Estados Unidos) em outro comentário independente sobre o estudo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Vários autores do estudo declararam que receberam vários tipos de financiamento, como bolsas de pesquisa ou remuneração de diferentes laboratórios farmacêuticos.</div>