A resposta foi dada em uma pesquisa publicada nesta sexta-feira na revista especializada Scientific Reports. Os autores do estudo, liderados por Sandra Goutte, da Universidade de Nova York (NYU), concluíram que o sapinho usa a fluorescência para se comunicar com os pares reprodutivos.
Depois de descobrir a espécie em 2017 e constatar a incapacidade de se comunicar sonoramente, os pesquisadores passaram a procurar por sinais visuais alternativos que poderiam servir como forma de comunicação. E ao posicionar uma lâmpada ultravioleta (UV) sobre os sapinhos, os pesquisadores perceberam que surgia um brilho intenso nas costas e na cabeça do animal.
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Pele ultrafina
Mais observações mostraram que todo o esqueleto dos sapos é altamente fluorescente, mas o brilho é mais visível nessas regiões porque, nelas, a pele é extremamente fina (cerca de 7 micrômetros de espessura). E é justamente essa luz, perceptível para a espécie, que ajuda machos e fêmeas a se encontrar.
Os pesquisadores compararam, ainda, o esqueleto da espécie com o de espécies semlehantes. Os resultados provaram que os esqueletos do sapinho-pingo-de-ouro são muito mais fluorescentes que os das outras espécies.