A Comissão Baleeira Internacional (IWC, na sigla em inglês) adiou para esta sexta-feira (14/9) a votação da proposta de liberação da caça comercial de baleias em águas internacionais. O documento, apresentado pelo Japão, tenta reverter a proibição da caça ao mamífero com intuito comercial, estabelecida desde 1986. A previsão era de que o texto entrasse em debate nesta quinta-feira (13/9), em evento realizado pela entidade em Florianópolis.
[SAIBAMAIS]Defendido por países como Noruega e Islândia, o documento propõe a criação de um comitê de caça sustentável, que seria responsável por estabelecer cotas definindo o número de baleias capturadas permitidas em cada país.
Contra a caça
Em contrapartida, na manhã desta quinta feira (13/9), a IWC aprovou a Declaração de Florianópolis. O documento, proposto pelo Brasil, tem como objetivo extinguir a caça comercial de baleias em todo o planeta. Com votação de 40 votos a favor e 27 contra, o texto propõe princípios básicos de preservação e destinação integral de recursos da comissão para a conservação, e não para a caça. A proposta sugere ainda a permissão da caça apenas para fins científicos e de subsistência, realizada por povos tradicionais.
Santuário rejeitado
Na última terça-feira (11/9), a proposta brasileira de criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul foi rejeitada em votação. Apesar de alcançar a maioria dos votos válidos, o texto ficou abaixo da proporção de 75%, necessária para aprovação.
A sugestão de criação do Santuário é apresentada pelo Brasil desde 1998 e consiste na realização de um espaço de preservação das águas do Oceano Atlântico, abaixo da linha do Equador, e abrangeria 51 espécies de cetáceos.
A Comissão Baleeira Internacional é a organização que regulamenta a atividade baleeira em todo o planeta. A entidade tem o propósito de reger as conservações judiciosas do ramo, como leis, programas e limites, visando o melhor desenvolvimento da indústria.