Os dois países discutirão acordos de proteção de tecnologia para a utilização da base, que tem uma posição privilegiada próxima à linha do Equador.
"Se não obtivermos um acordo que garanta a propriedade intelectual dos foguetes e dos satélites que serão lançados, nenhum satélite ou foguete será lançado, porque a grande maioria dos lançamentos tem tecnologia americana", disse Aloysio Nunes aos jornalistas após se reunir com o secretário americano de Estado, Mike Pompeo, em Washington.
"O que eles (os americanos) querem é a defesa de seus segredos comerciais, o que é legítimo. Estamos discutindo sobre como exercer esta defesa sem que haja qualquer violação da nossa soberania".
No final do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), Brasil e Estados Unidos chegaram a um acordo para o uso da base, mas a decisão foi bloqueada pelo Congresso, que alegou conflito com a legislação brasileira.
A nova negociação revisará "que pontos podem ser mantidos e onde é possível mudar, vendo as convergências e as eventuais dificuldades", declarou o chanceler brasileiro.