;É uma surpresa sempre, porque não são animais tão pequenos como insetos. Eles estavam no arco de desmatamento, que é impactado por estradas, criação de hidrelétricas. A gente não sabe o grau de ameaça, mas devem entrar no mínimo como espécies vulneráveis;, disse Fernanda Paim, bióloga e pesquisadora do Instituto Mamirauá.
Renca
Quatro novas espécies de peixes foram encontradas na Reserva Nacional do Cobre e seus Associados (Renca), extinta por decreto presidencial na última quarta-feira (23/8). ;Os peixes se deslocam facilmente no rio, são peixes ornamentais, mas fazem parte da cadeia alimentar. Há indícios de contaminação por mercúrio, que traz impacto na fauna e na população local;, disse Fernanda.
Mello defende maior debate sobre os efeitos da extinção da reserva. ;Esses peixes indicam algo especial. Essas mudanças legislativas, esse vai e vem, indicam para gente que temos que expor ao público, trazer ao debate social, o que isso [extinção da Renca] significa para o Brasil. Está em jogo o futuro do Brasil, do mundo;, disse.
De acordo com Mariana Napolitano, coordenadora do Programa de Ciências da WWF-Brasil, as unidades de conservação ocupam 17,5% do território brasileiro. ;É [um percentual] significativo, mas está mal distribuído. Mais de 50% da Amazônia está em áreas protegidas, mas quando vai para a caatinga, os pampas gaúchos, ficam em torno de 10%. Deveria representar de forma mais homogênea e equitativa;, defende.