Washington, Estados Unidos - Um inseticida e algumas substâncias tóxicas utilizadas em excesso sobre árvores de lichia seriam os culpados pelos casos de encefalite aguda que mataram treze crianças em Bangladesh em 2012, revela um estudo publicado nesta segunda-feira (25/7) nos Estados Unidos.
A investigação internacional questiona a versão inicial sobre as mortes, que ocorreram cerca de vinte horas após o surgimento dos sintomas e foram atribuídas a uma toxina natural que se encontra na semente da lichia, fruto comum na China e no sul da Ásia.
Pesquisadores do American Journal of Tropical Medicine and Hygiene explicaram que "esta toxina não poderia ter causado a mortal inflamação do cérebro destas crianças em Bangladesh, onde as sementes da lichia não são consumidas, e que o mais provável é que os óbitos sejam decorrentes de elementos químicos muito tóxicos", explicou o doutor Saiful Islam, que dirigiu o trabalho.
Segundo o doutor Islam, se a toxina presente nas sementes fosse a causa das mortes, teriam ocorrido outros casos pelo país, e não em apenas um local. O grupo de pesquisadores realizou uma exaustiva investigação envolvendo as 14 vítimas da encefalite, crianças com entre um e 14 anos que faleceram em junho de 2012 no distrito de Dinajpur, no norte de Bangladesh. Apenas uma sobreviveu.