A primeira molécula injetada, chamada de cabotegravir, foi desenvolvida pelo laboratório ViiV Healthcare, uma filial da GSK, Pfizer e Shionogi especializada em HIV, onde trabalha um dos autores do estudo, David Margolis. A segunda molécula (rilpivirina) está sendo desenvolvida pelo laboratório Janssen, do grupo Johnson & Johnson. Os dois laboratórios fizeram uma aliança para criar, com essas moléculas combinadas, o primeiro tratamento injetável de ação prolongada contra o HIV.
Segundo o diretor científico da Johnson & Johnson, Paul Stoffels, o tratamento "poderá oferecer uma alternativa eficaz para pessoas que alcançaram uma carga viral indetectável, mas que têm dificuldade para seguir um tratamento oral diário para controlar o HIV".
"Será preciso escolher entre o conforto de não ter que seguir um tratamento oral e os inconvenientes associados a um tratamento antirretroviral de ação prolongada por injeção", ressaltou, por sua vez, Mark Boyd, da Universidade de Adelaide, na Austrália, ao comentar o estudo. A maioria dos pacientes do estudo sentiu dores no local da injeção, e alguns tiveram diarreia, ou dor de cabeça.