Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Estudo revela que tiranossauro rex tinha escamas, não pena

À época, muitos dinossauros eram cobertos de penas, que funcionavam mais como isolante térmico do que como instrumentos para facilitar o voo


Bem aceita pela comunidade científica, a tese da existência de penas nos grandes carnívoros ganhou força com um estudo descrevendo dois tiranossaurídeos descobertos na China: o Dilong paradoxus e o Yutyrannus huali. Ambos os animais mediam cerca de 9 metros de comprimento, tamanho parecido com o do T-Rex e de outros parentes próximos do fim do Cretáceo. À época, muitos dinossauros eram cobertos de penas, que funcionavam mais como isolante térmico do que como instrumentos para facilitar o voo.

Transição


Para checar a formação do T-Rex, a equipe internacional de pesquisadores analisou vários fósseis do animal, especialmente uma peça bem preservada pertencente ao acervo do Museu de Ciência Natural de Houston, nos Estados Unidos. Ossos de primos do grande carnívoro, da família dos Tyrannosauridae, também foram usados a fim de comparar dados. Segundo o artigo, os grandes répteis da família que tinham penas viveram muito antes que o temido T-Rex.

De acordo com a equipe, as penas observadas em tiranossaurídeos do início do Cretáceo foram perdidas durante o estágio Albiano, entre 100 milhões e 113 milhões de anos atrás. O fenômeno foi consequência de um processo evolutivo, cuja razão tem ao menos duas hipóteses: seria uma adaptação a climas quentes, tornando as penas desnecessárias, ou consequência do tamanho avantajado do T-Rex, o gigantismo gera dificuldade natural de perda do calor, que seria potencializada pelas plumas.