Ciência e Saúde

Traçar metas e não cumpri-las: conheça a síndrome da falsa esperança

Segundo especialistas, há uma contribuição do cérebro em tornar as tentativas frustradas

Paloma Oliveto
postado em 08/01/2017 08:00
Giulia planeja cortar os refrigerantes:

Passada a euforia das festas de fim de ano, chega a hora de colocar em prática as metas estabelecidas em 31 de dezembro. É justamente nesse momento, porém, que muita gente percebe que, sozinha, a virada da folhinha do calendário não fará milagres. As mudanças previstas em planos e promessas continuam tão difíceis quanto no mês anterior e, a não ser que se esteja realmente determinado, elas acabarão na listinha de intenções para 2018.

A psicologia estuda esse fenômeno que, em inglês, tem até nome: síndrome da falsa esperança. ;As pessoas parecem se comportar de forma paradoxal, persistindo em tentativas repetidas de mudanças, apesar de terem falhado previamente;, define Jannet Polivy, professora de psicologia da Universidade de Toronto, no Canadá, que tem um artigo publicado sobre o tema no International Journal of Obesity and Metabolic Disorders.

Um estudo de 2007 da Universidade de Bristol, no Reino Unido, constatou que 88% dos que fazem resoluções de ano-novo vão fracassar ; e rapidamente. Outra pesquisa, da companhia de seguros de saúde britânica Bupa, mostrou que, em 2015, 43% dos britânicos que haviam traçado metas para o ano seguinte desistiram em menos de um mês.
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