Ir perdendo gradativamente a memória é esperado quando se chega à terceira idade. Há um grupo de homens e mulheres, porém, que não amarga esse efeito do tempo. Pelo contrário. Chamados de super agers, esses idosos têm um desempenho cerebral equiparado ao de jovens. Por meio de testes e de exames de imagens, pesquisadores do Massachusetts General Hospital (MGH), nos Estados Unidos, constataram a performance inusitada e identificaram áreas-chave do cérebro que podem estar ligadas a ela. Detalhes do estudo foram divulgados, neste mês, no The Journal of Neuroscience e abrem caminho para avanços importantes na prevenção e no tratamento do problema.
Participaram do estudo 81 voluntários, sendo que 40 tinham entre 60 e 80 anos; e 41, de 18 a 35 anos. Os integrantes do grupo mais velho apresentaram desempenhos diferentes nos testes de memória. Dezessete marcaram pontuações equivalentes às de participantes 40 a 50 anos mais jovens e foram classificados como super agers. Os 23 restantes apresentaram um resultado esperado para a faixa etária, assim como os adultos jovens. Os exames de imagem mostraram que o cérebro dos idosos com supermemória tinha características juvenis. Por exemplo, o córtex ; camada do órgão rica em neurônios e onde ocorrem fenômenos como processamento de informações multissensoriais e compreensão da linguagem ;, não perdeu o tamanho com o envelhecimento.
;Olhamos para um conjunto de áreas do cérebro conhecido como a rede de modo padrão, que tem sido associada à capacidade de aprender e lembrar novas informações, e descobrimos que essas áreas, particularmente o hipocampo e o córtex pré-frontal medial, eram mais espessas nos super agers do que em outros adultos mais velhos (;) Em alguns casos, não houve diferença de espessura entre os super agers e os adultos jovens;, informou, em comunicado à imprensa, Alexandra Touroutoglou, coautora sênior do estudo com Bradford Dickerson e Lisa Feldman Barrett, todos do MGH.
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