Aos 15 anos, Ivan viajava de Brasília para Belém, quando, ao sobrevoar Palmas, o avião sofreu uma turbulência de céu claro. O comissário de bordo caiu em cima do jovem. ;As bebidas foram todas para o chão. Foi o maior susto que tive em um voo;, conta. Naquele momento, surgiu a curiosidade de entender por que, mesmo em condições aparentemente favoráveis, a aeronave havia se desestabilizado. Antes de se formar piloto, Ivan se graduou em meteorologia, ciência que respondeu suas dúvidas sobre fenômenos como as turbulências. Mas ele queria se aprofundar nesse tema e decidiu pesquisá-lo no mestrado, cursado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP).
O ineditismo do tema chamou a atenção da orientadora de Bitar, a professora Maria Paulete Pereira Martins. ;Foi uma proposta bem original. A turbulência decorrente de uma tempestade pode ser prevista, mas, no caso de céu claro, não. A aviação civil tem crescido muito e, por questões de segurança, é importante tentar desenvolver um modelo de previsão desse tipo de turbulência;, avalia a pesquisadora do Inpe. O trabalho Climatologia e estudo de caso da turbulência de céu claro a partir de registros de aeronaves: análise de dados observacionais e de modelagem é, de fato, o primeiro sobre o tema produzido no Brasil. No resto do mundo, existem estudos em curso, para se chegar a métodos de detecção.
A matéria completa está disponível
aqui, para assinantes. Para assinar,
clique aqui.