A sonda Juno, da agência espacial americana (Nasa), alcançou neste sábado (27/8) a órbita mais próxima de Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar, na tentativa de decifrar os mistérios do gigante.
Dessa órbita será feito o sobrevoo mais próximo de Júpiter de toda a missão de Juno, que deve permanecer vinte meses em volta do planeta, acrescentou a Nasa em seu site na internet.
A Juno, que entrou na órbita de Júpiter em 4 de julho depois de um périplo de cinco anos após sair da Terra, posicionou-se às 12h51 GMT (9h51 de Brasília) a apenas 4.200 quilômetros da imponente camada gasosa do planeta.
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"Esta é nossa primeira oportunidade para realmente dar uma olhada de perto ao rei do nosso Sistema Solar e começar a decifrar como funciona", disse o principal especialista da Juno do Southwest Research Institute em San Antonio (Texas), Scott Bolton, em um comunicado da Nasa.
A sonda pesa 3,6 toneladas e se desloca a uma velocidade de 208.000 km/h. Na órbita alcançada neste sábado, ela ativará seus oito instrumentos científicos para estudar Júpiter. Juno dará outras 35 voltas próximas durante a sua missão.
As órbitas, a uma altitude de 4.200 a 10.000 quilômetros sobre as nuvens de Júpiter, são muito mais próximas das do recorde anterior de 43.000 quilômetros, estabelecido pela sonda americana Pioneer 11, em 1974.
No começo de julho, Juno começou a primeira de suas órbitas de 53,5 dias em torno do planeta. A partir de outubro, Juno o orbitará em 14 dias.
A missão Juno, lançada em 5 de agosto de 2011 ao custo de US$ 1,1 bilhão, busca, principalmente, saber se Júpiter possui um núcleo sólido.
Os cientistas pensam que Júpiter foi o primeiro planeta a se formar no Sistema Solar, mas ignoram como.