<div><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/08/23/545419/20160823004432503703u.jpg" alt="Venda de abóboras nos Estados Unidos: a espécie foi uma das primeiras plantas a serem domesticadas na América do Norte, aproximadamente 4,8 mil anos atrás" /> </div><div> </div><div>Cinco mil anos atrás, o continente americano passou por uma revolução semelhante à experimentada, sete milênios antes, pela Europa. No leste da região norte da América, pela primeira vez, o homem começou a domesticar a vegetação. Era o primeiro passo para abandonar um estilo de vida nômade, baseado na caça e na coleta, para, enfim, se fixar na terra. De acordo com um estudo da Universidade de Utah, esse movimento se deu em decorrência de uma explosão populacional e da escassez de alimentos, que obrigaram os nativos a procurar uma nova forma de subsistência.</div><div><br /></div><div>;Plantas e animais domesticados são parte do nosso cotidiano, tanto que tomamos isso como algo normal. Mas representa algo muito único na história humana. Foi o que permitiu a um número maior de pessoas viverem em um mesmo local. No fim, isso pavimentou o caminho para a emergência da civilização;, diz o antropólogo Brian Codding, que liderou o estudo, publicado no jornal especializado Royal Society Open Science.</div><div><br /></div><div>;Na maior parte da história do homem, as pessoas viveram de alimentos selvagens ; qualquer coisa que poderiam caçar ou coletar. Foi só em um tempo relativamente recente que elas fizeram essa mudança para um método muito diferente de adquirir alimentos. É importante entender por que essa transição ocorreu;, acrescenta o estudante de graduação Elic Weitzel, principal autor do artigo.</div><div><br /></div><div>O trabalho se concentrou não na instituição da economia agrícola, mas no passo inicial da domesticação, quando as primeiras pessoas do leste da América do Norte começaram a plantar espécies que coletavam na natureza, como girassol, abóbora, sabugueiro e a Chenopodium berlandier, chamada popularmente de semente-de-pé-de-ganso, um pseudocereal muito próximo da quinoa. Codding, professor-assistente de antropologia da Universidade de Utah, diz que pelo menos 11 eventos de domesticação de plantas foram identificados na história mundial, começando com o trigo, há 11,5 mil anos no Oriente Médio. O do leste da América do Norte, iniciado há 5 mil anos, foi o nono deles e ocorreu após uma explosão populacional, entre 6,9 mil e 5,2 mil anos atrás.</div><div><br /></div><div><strong>Teorias</strong></div><div><br /></div><div>Há muitos anos, duas teorias competem para explicar a causa da domesticação no continente americano. A primeira sustenta que o crescimento populacional e a consequente escassez alimentar incentivou o plantio de espécies que já eram coletadas. A outra teoria, chamada de ;construção de nicho; ou ;engenharia de ecossistema; diz, basicamente, que a experimentação intencional durante tempos de abundância levou as pessoas a manipularem plantas selvagens e aumentar os estoques alimentares.</div><div><br /></div><div>;Nós argumentamos que as populações humanas aumentaram significativamente antes da domesticação das plantas no leste da América do Norte, sugerindo que as pessoas são levadas à domesticação quando a população é maior que a oferta de alimentos naturais;, diz Weitzel.</div><div><br /></div><div>De acordo com ele, a transição para a domesticação permitiu que as populações humanas aumentassem drasticamente ao redor do mundo, tornando o estilo de vida moderno possível. ;As pessoas começaram a viver perto dos campos. Quando você tem comunidades sedentárias, elas passam a se expandir. Vilas crescem para cidades. Uma vez que você tem isso, você tem todos os tipos de mudanças sociais. Nós não vemos sociedades divididas em níveis até que a domesticação ocorra;, explica.</div><div><br /></div><div>A região da América do Norte coberta pelo estudo inclui os estados de Missouri, Illinos, Indiana, Ohio, West Virginia, Kentucky, Tennessee e Arkansas, além de porções de Oklahoma, Kansas, Iowa, Virginia, Carolina do Norte, Carolina, Georgia, Mississippi e Louisiana, todas nos EUA. ;Essa é a região em que as plantas comestíveis começaram a ser domesticadas de suas variantes selvagens. Em todos os outros lugares da América do Norte, os grãos foram importados de diversas partes do continente, particularmente do México e da América Central;, conta Weitzel.</div><div><br />[FOTO2]</div><div> </div><div>A matéria completa está disponível <a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwOi8vaW1wcmVzc28uY29ycmVpb3dlYi5jb20uYnIvYXBwL25vdGljaWEvY2FkZXJub3MvY2llbmNpYS8yMDE2LzA4LzIzL2ludGVybmFfY2llbmNpYSwyMTYwNTAvZ2VuZXNlLWFncmljb2xhLWRhLWFtZXJpY2Euc2h0bWwiLCJsaW5rIjoiaHR0cDovL2ltcHJlc3NvLmNvcnJlaW93ZWIuY29tLmJyL2FwcC9ub3RpY2lhL2NhZGVybm9zL2NpZW5jaWEvMjAxNi8wOC8yMy9pbnRlcm5hX2NpZW5jaWEsMjE2MDUwL2dlbmVzZS1hZ3JpY29sYS1kYS1hbWVyaWNhLnNodG1sIiwicGFnaW5hIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiIsIm1vZHVsbyI6eyJzY2hlbWEiOiIiLCJpZF9wayI6IiIsImljb24iOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIiwiaWRfdHJlZWFwcCI6IiIsInRpdHVsbyI6IiIsImlkX3NpdGVfb3JpZ2VtIjoiIiwiaWRfdHJlZV9vcmlnZW0iOiIifSwicnNzIjp7InNjaGVtYSI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIifSwib3Bjb2VzIjp7ImFicmlyIjoiX3NlbGYiLCJsYXJndXJhIjoiIiwiYWx0dXJhIjoiIiwiY2VudGVyIjoiIiwic2Nyb2xsIjoiIiwib3JpZ2VtIjoiIn19" target="blank">aqui</a>, para assinantes. 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