postado em 20/07/2016 09:10
Um dos pontos de maior interesse para cientistas que estudam a evolução da vida no planeta é a relação entre a extinção dos dinossauros e o crescimento dos mamíferos. Durante algum tempo, acreditou-se que o fim da era do primeiro grupo significava o início do reinado do outro. Estudos recentes, contudo, mostraram que os acontecimentos não se deram de forma tão simples, pois registros fósseis evidenciam que a diversificação da classe da qual o homem faz parte se iniciou antes do desaparecimento dos grandes répteis, o que se deu há 66 milhões de anos.
[SAIBAMAIS]Um dos trabalhos mais recentes a ressaltar esse fato foi publicado na revista especializada Proceedings B of the Royal Society por especialistas do Field Museum de Chicago, nos Estados Unidos. A análise de fósseis fez com que o grupo liderado por David Grossnickle concluísse que todos os mamíferos ; tanto os placentários quanto os marsupiais ; passaram a apresentar maior variedade alguns milhões de anos antes da extinção dos dinossauros.
Curiosamente, contudo, em um estudo publicado na mesma revista poucas semanas depois, paleontólogos da University College London (UCL), na Inglaterra, voltaram a ressaltar a importância do fim dos dinos para a proliferação dos mamíferos. Eles afirmam que, de fato, esses últimos começaram a se diversificar antes, tanto que o último ancestral comum a todos os mamíferos placentários teria vivido no fim do Período Cretáceo, aproximadamente 3 milhões de anos antes de os dinos não voadores sumirem.
Porém, o desaparecimento dos grandalhões representou uma explosão de novas espécies de mamíferos. O levantamento inglês mostra que a velocidade de diversificação dessa classe foi três vezes maior nos 10 milhões de anos seguintes ao fim dos antigos répteis do que nos 80 milhões de anos anteriores a esse episódio. Um processo que deu origem a mais de 5 mil espécies existentes hoje, entre as quais o homem.
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