Belo Horizonte ; O fato de o rastreamento do câncer colorretal ser indicado para as pessoas com mais de 50 anos, ainda que a condição seja assintomática e não exista histórico familiar da doença, alerta para a gravidade do problema. Com chances de cura quando detectada inicialmente, essa neoplasia preocupa pela alta incidência. Popularmente conhecida como câncer de intestino, a doença é a segunda mais frequente entre as mulheres, e a terceira entre os homens. É também o tumor mais prevalente do aparelho digestivo. Só para este ano, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima o registro de 34.280 novos casos.
O risco de uma pessoa desenvolver câncer colorretal é de aproximadamente 5%. Cerca de dois terços dos tumores de intestino grosso se instalam no cólon, enquanto um terço tem origem no reto. Homens e mulheres são acometidos de forma parecida, geralmente depois dos 65 anos de idade. Segundo o oncologista Enaldo Melo de Lima, coordenador do Hospital Integrado do Câncer Mater Dei, o que mais tem contribuído para a incidência da neoplasia, em todo o mundo, são os maus hábitos. ;É um câncer muito influenciado pela alimentação e pelo hábito intestinal. A constipação colabora muito, assim como o sobrepeso, a obesidade, o sedentarismo e as dietas ricas em proteína animal e alimentos defumados;, lista.
Mas há um risco aumentado devido à existência de mutações genéticas herdadas. De 5% a 10% dos casos de câncer de intestino grosso são hereditários. A síndrome de Lynsh, também associada a outras neoplasias, e a polipose familiar polipônica são duas doenças que podem desencadear o câncer colorretal. ;A polipose, felizmente, é rara. Esse paciente tem que fazer um acompanhamento desde a infância e, muitas vezes, precisa-se retirar o intestino antes que tantos pólipos evoluam para tumores. Mas quase todos os casos hereditários estão relacionados ao Lynsh.;, diz Lima.
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