A chave foi o compromisso político e ações de organizações civis com saúde e direitos humanos, indica o relatório. Por exemplo, o país conseguiu reduzir a baixa estatura infantil, que saiu de 19% em 1989 para 7% em 2007. Isso coloca o Brasil em 15; lugar no ranking de 132 países no qual Alemanha ocupa a primeira posição (1,3%). Em Timor-Leste, por outro lado, 57,7% das crianças não crescem como deveriam. Globalmente, 159 milhões de meninos e meninas tinham baixa estatura em 2014. Com exceção de África e Oceania, o número têm diminuído no planeta.
Além disso, no Brasil de hoje, crianças abaixo do peso adequado não somam 2% do total da população infantil. O percentual posiciona o país no 17; lugar entre 130 nações, das quais Austrália tem os melhores índices: lá, não existem, segundo os dados coletados, crianças desnutridas. Sudão, por sua vez, tem os piores índices, com 22,7% dos pequenos excessivamente magros.
Esses esforços fizeram com que o Brasil cumprisse, em 2014, o primeiro objetivo do milênio: reduzir a miséria e a fome. Apesar disso, no mundo inteiro, inclusive aqui, a quantidade de crianças gordinhas se aproxima daquelas abaixo do peso ideal: em 2014, 50 milhões (7,5%) estavam abaixo do peso, enquanto 41 milhões (6,1%) estavam muito acima.
O sucesso das estatísticas brasileiras deve-se, dizem os autores, ao levantamento relativamente eficiente de dados. Foi por causa do mapa da fome desenhado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) ainda nos anos de 1990 que os programas de erradicação da fome puderam ser melhor organizados. Naquela época, o levantamento mostrou que existiam 32 milhões de brasileiros ; ou 20% da população ; em extrema necessidade. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013, eram 7,2 milhões de brasileiros passando fome.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique