;A ciência sem a religião é manca; a religião sem a ciência é cega.; Com essa frase, Albert Einstein tentou mostrar que a busca por conhecimento e a espiritualidade não devem ser campos antagônicos. Nos últimos anos, neurocientistas têm levado a proposta do gênio da física bastante a sério. Diferentes estudos recentes buscam, com análises do cérebro, compreender melhor como a religião afeta o comportamento e o organismo humano.
Um dos trabalhos mais recentes mostrou que pessoas ligadas a atividades espirituais mostram maior ativação de regiões cerebrais ligadas à empatia (capacidade de se colocar no lugar do outro) e sociabilidade do que agnósticos (sem religião), cujas mentes se mostram mais ativas em áreas relacionadas à razão. Para chegar a essa conclusão, os autores realizaram alguns experimentos, como observar, com o auxílio de um aparelho de ressonância magnética funcional, o cérebro dos participantes enquanto eles realizavam atividades de raciocínio lógico e tarefas de cunho social.
Grupos de neurônios acionados na hora de resolver um problema matemático, por exemplo, eram mais ativados nos não religiosos do que nos crentes. Ao mesmo tempo, as pessoas com uma religião tinham maior atividade nas áreas acionadas quando falavam de temas ligados à ética social. ;Pensamos que, talvez, a concorrência entre essas redes cerebrais possa explicar, em parte, a crença religiosa;, diz ao Correio Jared Friedman, professor de filosofia da Case Western Reserve University e um dos autores do estudo, publicado na revista PLOS ONE.
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