Belo Horizonte ; Ao longo de 2016, o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) estima 181 mil novos casos de câncer de pele no Brasil, 6 mil deles do tipo melanoma. Essa neoplasia da pele é a menos frequente, porém, a mais agressiva e a que mais mata, já que pode se espalhar pelos nódulos linfáticos e órgãos distantes.
Segundo Gabriel Gontijo, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), isso ocorre porque o melanócito tem grande poder de multiplicação e invasão, facilitando as metástases ; cerca de 40% dos pacientes acabam tendo o cérebro afetado.
Estudo da Universidade de Nova York indica que o risco de desenvolvimento de melanoma tenha aumentado em 30 vezes nos últimos 80 anos, principalmente em função do aumento de exposição ao sol, que seria responsável por 65% dos casos. Queimaduras solares; exposição a substâncias químicas, como arsênio e solventes; e o volume de exposição solar durante a infância também podem ter implicação no surgimento da doença.
Em relação à proteção da pele não há novidades: falta mesmo conscientização e comprometimento de cada indivíduo. Mas o tratamento de melanoma tem avançado recentemente. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar um novo medicamento para o tratamento de pacientes com melanoma metastático: o dabrafenibe. Aprovado também nos Estados Unidos e na Europa, o medicamento é frequentemente prescrito no exterior em conjunto com o trametinibe, que ainda aguarda aprovação do órgão brasileiro. Estudos comprovaram maior sobrevida livre de progressão da doença e melhor resposta global dos pacientes quando tratados com essa combinação.
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