Larvicida degradável
Segundo Alzira Cecílio, o objetivo é desenvolver um produto que não contamine o meio ambiente, já que a maioria dos criadouros de larvas está espalhada. Elas podem ter contato com animais e até água voltada para o consumo humano, como por exemplo nas caixas d;água. "Queremos um larvicida que seja degradado rapidamente e não contamine a água, ao mesmo tempo em que tenha boa eficácia. A maioria dos larvicidas usados hoje exige algum cuidado na aplicação e deixa a água com alguma toxicidade", explica.
No mês passado, uma nota técnica da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) gerou polêmica ao criticar os larvicidas usados atualmente. O governo do Rio Grande do Sul chegou a suspender o uso do Pyriproxifen, ao considerar que o produto poderia estar relacionado à ocorrência de microcefalia em bebês. A própria Abrasco negou que tenha colocado essa possibilidade em questão.
Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador do grupo de saúde e ambiente da Abrasco, Marclo Firpo, explicou que foi um mal-entendido, mas reafirmou que a entidade é contra o uso de agentes químicos na água potável e que danos à saúde decorrentes desses produtos não estão descartados. "Consideramos um contrassenso sanitário, um absurdo a colocação de veneno larvicida na água potável", disse.