No estudo, os cientistas analisaram um grupo de 14.484 pessoas com idade entre 24 e 32 anos. Desse total, 14% tinham o diagnóstico de enxaquecas recorrentes. Os participantes responderam questionários sobre o histórico de vida e de saúde, informando inclusive se, quando crianças, haviam sido vítimas de abuso emocional, físico ou sexual. Os autores se surpreenderam ao notar que 61% dos pacientes com as fortes dores de cabeça relataram ter sofrido alguma dessas experiências no início da vida.
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Após levar em consideração fatores que podiam aumentar a probabilidade de enxaqueca ; como idade, renda, raça e sexo ;, os autores concluíram que sofrer algum abuso na infância aumenta em 55% as chances de a pessoa, mais tarde, ter a cefaleia. Os investigadores também notaram que as vítimas de abuso emocional tinham 52% mais possibilidade de sentir as dores em comparação com as que sofreram violência física e sexual.
;O abuso na infância pode ter efeitos duradouros sobre a saúde e o bem-estar. Especificamente, o trauma emocional mostrou o elo mais forte ao risco aumentado de enxaqueca;, afirmou em um comunicado à imprensa Gretchen Tietjen, pesquisadora da Universidade de Toledo, em Ohio (Estados Unidos) e uma das autoras do estudo. ;Mais pesquisas devem ser feitas para entender melhor essa relação entre o abuso na infância e a enxaqueca. Ainda assim, essa é uma informação que os médicos podem considerar quando forem direcionar tratamentos para pessoas com enxaqueca;, completou. Outro aspecto mostrado no estudo e a ser mais bem investigado é a relação entre enxaqueca e problemas emocionais como depressão e ansiedade.
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