;Ao pó da terra retornarás.; O trecho de um conhecido versículo do Gênesis poderia descrever a estratégia adotada por pesquisadores brasileiros que buscam criar alternativas para nutrir a terra. Com o objetivo de diminuir o uso de fertilizantes sintéticos, reduzindo, assim, os custos de plantio sem deixar de aumentar a qualidade do solo, esses cientistas apostam na transformação de resíduos orgânicos em adubo natural.
As matérias-primas testadas para esse fim vão de sobras da fabricação de etanol a água de esgoto, todas fontes ricas em organismos benéficos ao solo, que, futuramente, poderão substituir ou diminuir a necessidade dos fertilizantes sintéticos. Com esses novos produtos, acreditam os especialistas, a produção agrícola passaria não só a ser mais econômica, como também ambientalmente mais correta.
Um dos maiores problemas ligados aos fertilizantes é o uso excessivo. Dosagens erradas podem desgastar a terra, que passa a precisar de muito tempo para se recuperar. Os fertilizantes de origem orgânica reduzem as chances de erro e, consequentemente, de degradação do terreno. Um exemplo é a proposta criada na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) de uso do esgoto doméstico tratado na irrigação das culturas.
Filtragem
Os pesquisadores envolvidos no projeto usam nos testes os efluentes da própria universidade, que passam por um processo de filtragem química em reatores, que retira as impurezas, mas preserva os nutrientes benéficos às plantas. Ao usar a água resultante desse processo em plantações de cana, os especialistas conseguiram aumentar a produção ao mesmo tempo em que a quantidade de fertilizantes químicos foi reduzida.
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