Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Games tridimensionais melhoram a memória, segundo estudo

Estudo mostra que jogos eletrônicos cuja ação se desenvolve em cenários complexos ajudam na formação de neurônios na região do hipocampo. O mesmo não acontece com produtos mais simples, de gráficos bidimensionais



Além de divertidos, os games que apresentam um cenário tridimensional podem impulsionar a formação de memórias, segundo neurobiólogos da Universidade da Califórnia em Irvine, nos Estados Unidos. Eles publicaram um estudo no Journal of Neuroscience mostrando que, além de melhorar a coordenação motora-visual e o tempo de reação, os jogos têm potencial para ajudar pessoas que perderam a memória ao envelhecer ou como consequência da demência.

Para a pesquisa, Craig Stark e Dane Clemenson, do centro de Neurobiologia da Aprendizagem e da Memória da instituição, recrutaram estudantes universitários que não costumam se envolver com essa atividade para jogar tanto um videogame passivo e de ambiente bidimensional (Angry birds foi o escolhido) ou um jogo intrincado e com gráficos tridimensionais, o (Super Mario 3D world) por 30 minutos ao dia, ao longo de duas semanas.

Antes e depois desse período, eles fizeram testes de memória implicados com o hipocampo, área do cérebro associada ao aprendizado complexo e à formação de memórias. Os estudantes receberam uma série de figuras de objetos do dia a dia para estudar. Então, viam as imagens dos mesmos objetos, de novas peças e de alguns itens ligeiramente diferentes dos originais. Em seguida, tinham de categorizá-los. O reconhecimento de imagens um pouco alteradas requer a ativação do hipocampo, diz Stark, e uma pesquisa conduzida por ele anteriormente demonstrou que a habilidade de fazer isso declina claramente com a idade. Em parte, é por isso que aprender novos nomes ou se lembrar de onde se colocou a chave se torna tão difícil à medida que envelhecemos.

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