A diretora pediu aos países que, entre outras medidas, reduzam as emissões de gases de efeito estufa, melhorem a urbanização dos seus territórios e impeçam a degradação do ambiente. De acordo com o relatório, que analisa apenas os últimos 20 anos, "as catástrofes climáticas são cada vez mais frequentes, sobretudo devido ao aumento consistente do número de inundações e tempestades".
Essa progressão vai continuar "nas próximas décadas", embora os cientistas ainda não tenham conseguido determinar em que medida o aumento desses fenômenos se deve às alterações climáticas, avisou a ONU. Apenas as inundações representaram 47% das catástrofes climáticas entre 1995 e 2015 e afetaram 2,3 bilhões de pessoas, 95% das quais na Ásia.
Apesar de menos frequentes que as inundações, as tempestades foram as catástrofes climáticas mais letais, com 242 mil mortos. Ao todo, os Estados Unidos e a China registraram o maior número de catástrofes climáticas desde 1995, devido à dimensão territorial.
A China e a Índia dominam a classificação dos países mais atingidos em termos de população afetada, seguidas por Bangladesh, Filipinas e Tailândia. Na América, o Brasil lidera o ranking de população mais afetada e na África estão no topo da lista o Quênia e a Etiópia.