Muitos estudos demonstraram que ser intimidado na infância aumenta as chances de desenvolver ansiedade, depressão e transtornos alimentares. Contudo, de acordo com uma nova pesquisa, prevista para ser publicada no próximo mês na revista International Journal of Eating Disorders, não são apenas as vítimas de bullying que correm risco de desenvolver distúrbios psicológicos, mas também os agressores.
Pesquisadores das universidades de Duke e da Carolina do Norte, ambas nos Estados Unidos, ficaram surpresos com o resultado do estudo, feito com 1.420 crianças. De acordo com o levantamento, aquelas que praticavam o bullying, intimidando colegas, são duas vezes mais propensas a apresentar sintomas de bulimia ; como a ingestão de grandes quantidades de alimento seguida da necessidade de se livrar da comida ; quando comparadas às crianças que não são envolvidas nas ameaças, seja no papel de agressoras, seja no de vítimas.
O estudo se baseou em entrevistas realizadas pelo Great Smoky Mountains Study, um banco de dados com mais de duas décadas de informações sobre a população da Carolina do Norte. Os dados são considerados uma amostra da comunidade daquele estado, e não de todos os Estados Unidos, mas trazem importantes pistas a respeito da saúde de crianças e adolescentes entre 9 e 16 anos. Os perfis considerados na avaliação foram divididos em quatro categorias: indivíduos que nunca se envolveram com bullying; que foram vítimas; que, às vezes, estiveram no papel de vítima e outras no de agressor; e que eram unicamente intimidadores, excluindo socialmente colegas e abusando repetidamente de outras crianças verbal ou fisicamente.
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