De acordo com estimativas recentes, vastas áreas do arquipélago ártico canadense não terão gelo durante mais de cinco meses por ano até o final do século. Em outras partes do Ártico, este limiar de cinco meses poderá ser alcançado em meados deste século.
O aumento das temperaturas na região também pode afetar os habitats e aumentar a incidência de doenças em espécies que são presas habituais dos ursos polares, como as focas, o que agrava os riscos para eles. "Os efeitos das mudanças climáticas vão além desta espécie emblemática e ameaçam nosso planeta como nunca antes no passado", disse a diretora-geral da IUCN, Inger Andersen, em comunicado.
Além do degelo, a poluição, a prospecção de recursos e mudanças em habitats devido às atividades humanas também representam ameaças potenciais. A exploração de petróleo no Ártico, por exemplo, faz com que muitos perigos se apresentem na região, como as marés negras.
A Lista Vermelha da IUCN inclui agora 79.837 espécies como registadas, das quais 23.250 estão ameaçadas de extinção. Os ursos polares são considerados como "vulneráveis".