<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2015/10/30/504487/20151030001152888370e.jpg" alt="A fruta originária da Ásia adaptou-se bem ao clima brasileiro" /></p><p class="texto"><br />A aparência lembra uma jabuticaba, mas a casca tem textura aveludada como a de um pêssego. Essa é a groselha do Ceilão, um tipo raro de fruta cultivada no interior do Brasil, mas pouco conhecida por aqui. O nome lembra outra espécie tradicionalmente usada no país para a produção de um xarope artificial rico em açúcar. O sabor azedinho e o valor nutricional surpreendente desse alimento, porém, nada têm a ver com a bebida doce apreciada pelas crianças. O vermelho vivo natural da polpa suculenta indica a presença forte de compostos fenólicos, poderosos antioxidantes que retardam o envelhecimento e previnem o câncer. Com tamanho poder protetor, essa pequena desconhecida é comparável a queridinhas como o mirtilo e a cranberry, com a vantagem de ter um preço mais acessível.<br /><br />O nome da fruta faz referência ao antigo território português no país que é hoje conhecido como Sri Lanka. A planta foi introduzida na Florida como uma espécie híbrida. Acabou sendo trazida ao Brasil e encontrando o clima ideal no interior da Região Sudeste. A produção local permite que seja vendida em mercados locais a um preço mais baixo do que as berries importadas e num estado in natura mais fresco, conservando, assim, as propriedades nutricionais. No entanto, a groselha do Ceilão continua desconhecida em grande parte do país e o seu potencial é praticamente inexplorado.<br /><br />Vivian Caetano Bochi foi a primeira pesquisadora a investigar essa fruta exótica e descrever os seus nutrientes. A cientista de alimentos conta que se dedicou ao trabalho após a abordagem de uma produtora que mantém uma plantação em Pinhalzinho (SC) e estava interessada em saber mais sobre a planta e seus benefícios à saúde. O alimento foi tema da dissertação de doutorado de Bochi na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e publicado recentemente no Journal of Food Science.<br /><br />As análises mostraram que a groselha do Ceilão é rica em nutrientes antioxidantes. ;Esses fitoquímicos são compostos provenientes do metabolismo da planta. Entre os de relevância, estão os compostos fenólicos, que se dividem entre os pigmentos, as antocianinas, de coloração vermelha e roxa; e os incolores, que são os ácidos fenólicos e flavonoides, os compostos famosos em chás;, aponta Bochi. ;Em comparação à cranberry, a groselha do Ceilão é muito mais saborosa e tem um teor de fitoquímicos praticamente igual;, compara a pesquisadora.<br /><br />Os testes revelaram ainda que as antocianinas presentes na fruta também conhecida como ceylon gooseberry ou ketembilla têm propriedades anti-inflamatórias. Para atestar esse efeito, as pesquisadoras deram um extrato da fruta a camundongos durante cinco dias e, depois, mediram os efeitos no organismo dos roedores. Os bichos que consumiram a groselha sofreram um menor estímulo das células de defesa do corpo, indicando que os compostos reduziram processos inflamatórios. Embora esses sejam resultados preliminares e não possam ser traduzidos para humanos, o experimento sugere que a fruta possa ajudar a prevenir o processo inflamatório relacionado ao desenvolvimento do diabetes, da obesidade e do colesterol alto.<br /><br /><strong>Dieta preventiva</strong><br />Os resultados do estudo colocam a groselha do Ceilão entre a elite nutricional das frutas vermelhas, conhecidas pela ação antioxidante dos compostos fenólicos que dão o pigmento marcante às suas cascas. A alta concentração de nutrientes e o sabor agradável garantem a esses alimentos um lugar de destaque nas dietas, mas profissionais ressaltam que os benefícios têm caráter preventivo. ;Quando ocorrem reações no nosso organismo como a queima de gordura, são formados os radicais livres, que são maléficos para as células. Os flavonoides se ligam aos radicais livres e não deixam que eles danifiquem as células;, explica Vivian Suen, médica nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).</p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível <a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwOi8vaW1wcmVzc28uY29ycmVpb3dlYi5jb20uYnIvYXBwL25vdGljaWEvY2FkZXJub3Mvc2F1ZGUvMjAxNS8xMC8zMC9pbnRlcm5hX3NhdWRlLDE4NzEyNS9hLWJlcnJ5LWRlc2NvbmhlY2lkYS5zaHRtbCIsImxpbmsiOiJodHRwOi8vaW1wcmVzc28uY29ycmVpb3dlYi5jb20uYnIvYXBwL25vdGljaWEvY2FkZXJub3Mvc2F1ZGUvMjAxNS8xMC8zMC9pbnRlcm5hX3NhdWRlLDE4NzEyNS9hLWJlcnJ5LWRlc2NvbmhlY2lkYS5zaHRtbCIsInBhZ2luYSI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIiLCJtb2R1bG8iOnsic2NoZW1hIjoiIiwiaWRfcGsiOiIiLCJpY29uIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiIsImlkX3RyZWVhcHAiOiIiLCJ0aXR1bG8iOiIiLCJpZF9zaXRlX29yaWdlbSI6IiIsImlkX3RyZWVfb3JpZ2VtIjoiIn0sInJzcyI6eyJzY2hlbWEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIn0sIm9wY29lcyI6eyJhYnJpciI6Il9zZWxmIiwibGFyZ3VyYSI6IiIsImFsdHVyYSI6IiIsImNlbnRlciI6IiIsInNjcm9sbCI6IiIsIm9yaWdlbSI6IiJ9fQ==" target="blank">aqui</a>, para assinantes. 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