[SAIBAMAIS]O material já finalizado conseguiu apontar as regiões brasileiras com maior diversidade de serpentes ; a grande variedade está numa faixa que vai do sul de Minas Gerais até Santa Catarina (veja mapa), que tem formas de vegetação e de relevo que favorecem esses animais. O mapeamento, no entanto, mostrou também a triste realidade de 22 espécies que atualmente estão restritas a pequenos trechos de caatinga e outras 80 que sobrevivem em partes da Mata Atlântica. É o caso da Bothrops itapetiningae, menor espécie de jararaca do mundo, com 40cm a 60cm de comprimento. Conhecida popularmente como jararaca-coitiarinha, essa cobra, há 30 anos, era encontrada em uma faixa que ia de São Paulo até o Centro de Goiás, hoje ocupada por cidades ou pela agricultura.
Além do avanço urbano e agrícola, um fator que ameaça a sobrevivência das cobras é o temor da população, que acaba matando os bichos. ;Na Região Nordeste, nosso maior problema é o medo que as pessoas têm das cobras. Lá, é necessário um amplo programa para educar a população sobre a importância desses animais. Além de fornecer material para o desenvolvimento de remédios, são grandes predadores de roedores transmissores de doenças;, lamenta o líder do estudo, Cristiano Nogueira. ;Nas regiões Norte e Nordeste, ainda não existe um trabalho educativo eficaz, que coíba a matança de serpentes peçonhentas;, completa Marco Antonio de Freitas, zoólogo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que participa do estudo, financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique .