Mais de 1 milhão de pessoas morrem anualmente na China por doenças relacionadas com o tabaco, número que pode triplicar em 2050, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que pede ao país que avance com uma lei antitabaco.
Segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (19/10) pela OMS, uma lei nacional global contra o tabaco pode proteger 1.34 milhão de cidadãos chineses dos danos do fumo.
;O vício do tabaco na China vai custar caro à saúde, à sociedade e à economia. E os fumantes chineses não estão apenas se prejudicando, mas também aos amigos, à família e a todos os que os rodeiam;, destaca Bernhard Schwartl;nder, representante da OMS na China.
Segundo ele, os registros de exposição ao fumo passivo são extremamente elevados no país, com consequências devastadoras para os afetados;.
Estudo publicado este mês pela revista científica The Lancet destaca que um em cada três homens chineses com menos de 20 anos corre o risco de morrer de forma prematura se não deixar de fumar.
A organização pede a intervenção do governo, depois de ter sido implementada a primeira lei antitabaco em Pequim, que proíbe o fumo em espaços fechados como restaurantes.
;A lei em Pequim é um exemplo para o resto da China. Apesar de terem sido implementadas políticas antitabaco em outras cidades chinesas, elas não foram aplicadas devidamente. Precisamos de leis mais duras, que se apliquem de forma eficaz, e de campanhas massivas para educar a população;, destacou Xiaofeng Liang, do Centro de Prevenção e Controlo da Doença chinês.