<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2015/07/25/491910/20150724234650140611o.JPG" alt="Foto colorida mostra diferentes composições e texturas do planeta anão: destaque para a grande planície em branco, chamada de coração" /> </p><p class="texto"> </p><p class="texto">Os primeiros dias de observação da missão New Horizons revelaram um lado desconhecido de Plutão, marcado por fenômenos ainda não compreendidos pelos pesquisadores. As imagens capturadas desde que a sonda da Nasa chegou ao planeta anão, no último dia 14, mostram traços de geleiras que deslizam sobre a superfície do objeto congelado, de grandes planícies formadas por materiais ainda não identificados e de uma misteriosa névoa que dá ao planeta gelado a sua cor avermelhada. As descobertas são frutos de uma missão pioneira que se estende por nove anos, tempo necessário para que a sonda percorresse mais de 5 bilhões de quilômetros e alcançasse o objeto distante.<br /><br />Os novos dados foram divulgados ontem pela agência espacial norte-americana, a Nasa, que, por enquanto, só tem acesso a 5% de todas as imagens e as informações científicas colhidas pela espaçonave nessa missão. ;A cada dia, os cientistas têm recebido novos dados, e eles estão sempre sendo surpreendidos;, afirmou Jim Green, diretor de Ciência Planetária da agência. A Nasa espera novos resultados de experimentos e medições para setembro, quando os cientistas devem ser capazes de calcular com precisão a composição, o clima e outras características do planeta anão. A missão está programada para se estender até o fim do próximo ano.<br /><br />Por enquanto, as novidades parecem levantar mais perguntas do que respostas. Uma das maiores surpresas surgiu apenas sete horas após a maior aproximação da sonda, quando um instrumento capturou uma imagem inédita da atmosfera de Plutão. A fotografia divulgada ontem pela Nasa mostra um halo brilhante perfeito, produzido pela luz do Sol que contrasta com a cor negra do espaço. Nessa imagem histórica, os pesquisadores puderam detectar sinais do que eles acreditam ser um tipo de névoa pairando sobre o planeta. O material pôde ser detectado a uma distância de até 130 quilômetros acima da superfície, mas está tão disperso no ar que provavelmente não seria visível para uma pessoa que estivesse de pé em Plutão.<br /><br />Os pesquisadores ainda não sabem do que é feita a névoa misteriosa, mas eles acreditam que ela seja a origem da cor avermelhada do objeto, visível nas fotos coloridas produzidas pela sonda. O material parece se dividir em duas camadas, e a principal teoria é de que a luz ultravioleta do Sol quebre as partículas de metano presentes no ar, o que leva à formação de gases mais complexos, como etileno e acetileno, que já foram detectados pela missão espacial. Acredita-se que as substâncias se condensem em partículas de gelo, dando origem ao fenômeno. Até então, os cientistas achavam que as temperaturas seriam muito altas para a formação de uma névoa a distâncias tão grandes do planeta.<br /><br />De acordo com os pesquisadores responsáveis pela missão, o exame aproximado de Plutão deve mudar a forma como os cientistas compreendem a atmosfera e o clima do planeta anão. ;Por 25, anos sabemos que ele tem uma atmosfera, mas, até então, isso era baseado em números. Essa foi a primeira imagem, a primeira vez que vimos essa imagem, que quase trouxe lágrimas aos olhos dos cientistas;, descreveu Michael Summers, um dos cientistas da missão na George Mason University.<br /><br />A surpresa também foi grande quando os cientistas examinaram de perto Charon, a maior das luas plutonianas. Os dados da New Horizons mostram que ela praticamente não tem atmosfera, o que indica a existência de diferenças fundamentais entre os dois objetos. Acredita-se que Charon seja resultado de um choque com Plutão ocorrido há muito tempo, mas ainda não se sabe em que condições isso aconteceu e como o pequeno planeta foi capaz de assumir um formato esférico quase perfeito depois do incidente. ;Plutão tem uma história muito complicada para contar, é uma história muito interessante, temos muito trabalho a fazer para entender esse lugar;, ressaltou Alan Stern, principal pesquisador da missão no Southwest Research Institute (SwRI).<br /><strong><br />Geleiras</strong><br />A sonda flagrou ainda o que parecem ser traços de grandes massas de gelo que se arrastam pela superfície do objeto, assim como acontece com as geleiras da Terra. As fotos foram tiradas a partir de uma planície batizada de Sputnik Planum, localizada num tipo de reservatório chamado Tombaugh Regio, também chamado de o ;coração de Plutão;. Os sinais indicam que o planeta tenha sofrido atividades geológicas recentes e que possa, inclusive, esconder uma camada líquida entre a sua casca de gelo e o núcleo rochoso.</p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível<a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/mundo/2015/07/22/interna_mundo,176679/a-confusa-origem-das-americas.shtml"> </a><a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwOi8vaW1wcmVzc28uY29ycmVpb3dlYi5jb20uYnIvYXBwL25vdGljaWEvY2FkZXJub3MvY2llbmNpYS8yMDE1LzA3LzI1L2ludGVybmFfY2llbmNpYSwxNzcxMTAvby1pbnN0aWdhbnRlLXBsYW5ldGEtYW5hby5zaHRtbCIsImxpbmsiOiJodHRwOi8vaW1wcmVzc28uY29ycmVpb3dlYi5jb20uYnIvYXBwL25vdGljaWEvY2FkZXJub3MvY2llbmNpYS8yMDE1LzA3LzI1L2ludGVybmFfY2llbmNpYSwxNzcxMTAvby1pbnN0aWdhbnRlLXBsYW5ldGEtYW5hby5zaHRtbCIsInBhZ2luYSI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIiLCJtb2R1bG8iOnsic2NoZW1hIjoiIiwiaWRfcGsiOiIiLCJpY29uIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiIsImlkX3RyZWVhcHAiOiIiLCJ0aXR1bG8iOiIiLCJpZF9zaXRlX29yaWdlbSI6IiIsImlkX3RyZWVfb3JpZ2VtIjoiIn0sInJzcyI6eyJzY2hlbWEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIn0sIm9wY29lcyI6eyJhYnJpciI6Il9zZWxmIiwibGFyZ3VyYSI6IiIsImFsdHVyYSI6IiIsImNlbnRlciI6IiIsInNjcm9sbCI6IiIsIm9yaWdlbSI6IiJ9fQ==">aqui</a>, para assinantes. 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