Trovadores do século 12, teólogos, poetas, cientistas... Não é pequena a lista dos que tentaram, em vão, dar a resposta definitiva à pergunta ;o que é o amor?;. Mas, ainda que pareça inalcançável, a busca por uma explicação não cessa. Para uma corrente de pesquisadores, a compreensão desse sentimento está no passado muito, muito distante. Segundo esses cientistas, de romântico, o amor não tem nada. Seria, na verdade, uma espécie de vício natural, desenvolvido ao longo da evolução e surgido para motivar os primeiros hominídeos a concentrarem energia em um único parceiro.
A estratégia monogâmica adotada por esses ancestrais se mostrou eficaz para proteger o casal e a prole, e a tendência ao enlace amoroso foi transmitida geneticamente de geração em geração, como resultado da seleção natural, até os dias de hoje. O sentimento de forte apego é uma estratégia de sobrevivência humana, que une duas pessoas e as torna, assim, mais capazes de garantir a continuidade da espécie.
Helen Fischer, professora de antropologia e pesquisadora do comportamento humano na Rutgers University, nos Estados Unidos, é uma das figuras mais expressivas dessa corrente. Em um artigo publicado recentemente na revista especializada Behavioral Addictions, ela argumenta que, em sua longa história, o cérebro humano desenvolveu três sistemas, espécies de impulsos, que motivam a união e a reprodução: desejo sexual/libido, atração ou amor romântico e sentimentos de longo prazo voltados a um parceiro.
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