Belo Horizonte ; A transpiração é um processo fisiológico natural e vital ao organismo. Pelo suor, são eliminadas toxinas e garantida a manutenção da temperatura corporal. Mas, quando ele se torna excessivo, principalmente na palma das mãos, na planta dos pés, nas axilas, na virilha, no rosto e no couro cabeludo, pode se tratar de hiperidrose. A manifestação do problema é imprevisível, ocorre mesmo com a temperatura baixa ou durante momentos de descanso. A doença, que não é contagiosa, afeta 2% da população mundial. No Brasil, a estimativa é de que 1% seja acometida.
A sudorese excessiva e constante é provocada pela hiperatividade das glândulas sudoríparas. Os sintomas podem aparecer na infância, na adolescência ou na fase adulta por razões desconhecidas pelos especialistas. Eventualmente, o transtorno pode estar ligado ao histórico familiar e a fatores como ansiedade e estresse. Causa incômodos, baixa a autoestima e acaba afastando a pessoa acometida do convívio social, trazendo implicações em atividades escolares ou profissionais.
O advogado J.Z., 34 anos, percebeu os sintomas da hiperidrose na adolescência. Mesmo transpirando muito nas mãos e nos pés, só desconfiou de que algo estava errado quando entrou na faculdade e começou a fazer estágio. ;Molhava os papéis e cadernos, tinha dificuldades em segurar a caneta e era péssimo ter que cumprimentar as pessoas com as mãos molhadas. Não tinha vergonha, mas me incomodava muito;, diz. Ele conta que fez pesquisas sobre o transtorno e, aos 18 anos, procurou ajuda médica. Em todas as consultas, indicaram um cirurgião torácico.
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