Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Pesquisas mostram que doenças físicas crônicas podem desencadear depressão

O problema que atinge 350 milhões de pessoas no mundo, segundo a OMS

Eventos traumáticos, perdas, situações estressantes ou mesmo predisposição genética são fatores conhecidos por trás da depressão. Contudo, muitas vezes, doenças aparentemente sem qualquer relação com o problema podem ser o gatilho de um transtorno mental que afeta 350 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Somente neste mês, três novas pesquisas evidenciaram a ligação de Parkinson, diabetes e apneia do sono com episódios depressivos, também associados anteriormente a males como asma, hipertensão e esclerose múltipla.

[SAIBAMAIS]Os autores dos estudos ressaltam a necessidade de avaliar os pacientes desses males para verificar se apresentam sinais e sintomas da depressão. ;Os resultados de pesquisas epidemiológicas sugerem que a depressão é uma comorbidade das doenças crônicas. Conhecer e tratar essa interação parece crucial para lidarmos efetivamente com as comodidades, melhorando as perspectivas de saúde e qualidade de vida dos pacientes;, observa Frank J. Snoek, pesquisador do Departamento de Psicologia Médica da Universidade de Amsterdã.



Apesar de avanços no diagnóstico e no tratamento da depressão, observados nas últimas décadas, esse é um distúrbio que ainda não foi totalmente esclarecido. O quadro é complexo e envolve questões sociais, psicológicas e biológicas. No caso da associação com outras doenças, as causas também são múltiplas. Pacientes com Alzheimer, por exemplo, parecem propensos à depressão devido às alterações que a enfermidade neurodegenerativa provoca nas células do cérebro. Lesões nos tecidos cerebrais também seriam a causa dos sintomas depressivos em pessoas com esclerose múltipla e em indivíduos que sofreram derrame cerebral. Já em alguns tipos de câncer, a depressão estaria mais associada ao estresse provocado pelos prognósticos da doença.

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