A importância da indústria agrícola é inquestionável. É ela que produz alimentos consumidos internamente ou exportados, gerando importantes receitas para a economia do país. No entanto, o avanço das plantações sobre a mata não pode ser descontrolado, e da forma como tem acontecido, avisam especialistas, uma rica biodiversidade, é perdida.
No Brasil, um dos biomas mais ameaçados, especialmente pelo plantio de soja, é o cerrado, que tem valor inestimável para o equilíbrio do planeta e para pesquisas científicas. Esse tipo de savana concentra 30% da brasileira. Apesar disso, inúmeros estudos apontam que ele está definhando. Uma das análises mais recentes revela que, entre 1990 e 2010, a área desmatada alcançou 265.595km;. A caatinga também foi afetada, perdendo 89.656km; no mesmo período.
O estudo feito com sensoriamento remoto contou com o trabalho de pesquisadores do Centro Comum de Investigação (CCI) da Comissão Europeia, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Embrapa Cerrados. Publicado recentemente no periódico especializado Applied Geography, o levantamento foi baseado em imagens de satélite, sendo consideradas apenas aquelas em que as nuvens não fossem um obstáculo para as análises.
;O cerrado e caatinga têm estado sob pressão antrópica (provocada pelo homem) há muitos anos, mas a atenção para as mudanças na cobertura de vegetação desses ecossistemas sazonais nem se compara à grande atenção dada à Região Amazônica. Isso resulta em um conhecimento insuficiente sobre as transformações históricas e situação atual;, alerta René Beuchle, autor do trabalho e pesquisador da CCI. Por isso, ele diz, o estudo internacional representa a primeira tentativa de avaliar as mudanças na cobertura florestal a partir de uma perspectiva histórica.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique .