Belo Horizonte ; Vladimir Maiakovski cravou ser melhor morrer de vodca do que de tédio, e a medicina tem mostrado que jovens têm mais probabilidade de levar o verso do poeta ao pé da letra. Com o próprio corpo e também a personalidade em formação ; portanto, mais influenciáveis pelas propagandas de bebidas e pelo comportamento da turma de amigos ;, estudantes como Humberto Moura Fonseca, 23 anos, têm mais chance de não escapar à morte já na primeira bebedeira. Embora boa parte dos adolescentes seja de abstêmios, aqueles que bebem tendem a um consumo pesado, muitas vezes bebendo em binge.
Para caracterizar o exagero que pode levar ao coma alcoólico, um homem precisaria tomar 21 doses de destilado, mesmo distribuídas ao longo da semana. Segundo Valdir Ribeiro Campos, integrante da Comissão de Controle do Tabagismo, Alcoolismo e Uso de Outras Drogas da Associação Médica de Minas Gerais, a capacidade de suportar os efeitos do álcool em excesso é menor nos jovens, que podem ficar bêbados com mais facilidade do que os adultos.
;Depois dos 30 anos, a pessoa tem o fígado mais formado e maturidade no cérebro para exercer maior controle sobre a bebida. Ela já desenvolveu uma certa malícia para perceber o momento em que está ficando intoxicado e beliscar um tira-gosto ou fazer uma pausa na ingestão do álcool;, explica. No caso dos mais novos, há uma dificuldade de controlar a impulsividade característica da idade. ;Ela ainda aumenta pelos efeitos do álcool. Sua primeira queda pode ser fatal;, alerta o médico.
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