Com o apoio do governo da Etiópia, os pesquisadores encontraram no país africano uma mandíbula bem preservada que, de acordo com a datação por carbono e as análises morfológicas, se mostrou o mais antigo representante do gênero Homo. A espécie ; ainda sem nome ; teria surgido apenas 200 mil anos depois do último exemplar conhecido de Australopithecus afarensis, a famosa Lucy. Dessa forma, antecipa-se em 400 mil anos a presença de humanos na África.
Desde a década de 1960, não se fazia uma descoberta tão importante para a história da linhagem do homem. Há 50 anos, antropólogos escavaram na Tanzânia o Homo habilis, que recebeu esse nome pela habilidade que tinha de fabricar ferramentas e, até então, era o mais antigo do gênero humano descrito (leia mais abaixo). Em uma coletiva de imprensa transmitida pela internet, os autores da nova descoberta disseram que a mandíbula etíope tem traços mais primitivos que os do H. habilis, sugerindo, portanto, que se trata de uma espécie diferente. O fóssil está sendo chamado provisoriamente de Homo de Ledi-Geraru, em referência ao sítio arqueológico em que foi encontrado. Análises geológicas feitas no local indicaram que, na época em que ele viveu, aquela região se assemelhava à atual savana africana.
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