Maria Irenilda Pereira/Estado de Minas
postado em 02/03/2015 08:00
Belo Horizonte ; ;Em janeiro de 2013, comecei a perceber umas manchas roxas pelo corpo e fiquei muito intrigada porque não me lembrava de ter batido em lugar nenhum. Percebi que também estava com umas pintinhas vermelhas nos braços. À tarde, elas aumentaram. Fui direto para o hospital;, lembra Sally Barcelos, 33 anos. Na unidade de saúde, a funcionária pública de Brasília foi diagnosticada com púrpura trombocitopênica indiopática (PTI), uma rara doença autoimune. No Brasil, não existe estudo que estime a incidência da enfermidade na população e trace o perfil dos pacientes, mas o número de pessoas diagnosticadas com a enfermidade vem aumentando, dizem especialistas.A púrpura desenvolve-se quando o sistema imunológico desconhece as plaquetas como parte do organismo e passa a produzir anticorpos para atacá-las e destruí-las. As plaquetas são responsáveis pela coagulação do sangue após ferimentos. Em índices normais, o número dessas células varia entre 150 mil e 200 mil. No caso de Sally, chegou a 8 mil. ;Uma amiga da minha prima teve púrpura e acabei a procurando para saber mais sobre essa doença. Quando recebi o resultado do meu hemograma, logo associei que os sintomas que estava apresentando poderiam ser dela, o que acabou sendo confirmado depois de uma série de exames;, relata.
O mesmo não ocorreu com Rosilane Fortunato, 27, de São José de Ubá, no Rio de Janeiro. Ela entrou em desespero quando foi diagnosticada com PTI, quatro meses após dar à luz o primeiro filho. ;Foi um grande susto quando descobri a PTI, pois, como a maioria dos portadores, nunca tinha ouvido falar da doença. Ainda é pouco conhecida. Fiquei sem chão ao saber que não tem cura, apenas controle;, relembra.
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