postado em 19/01/2015 09:37
O aquecimento global é um fenômeno ameaçador para um delicado integrante do ecossistema marinho: os recifes de coral. Com o aumento da temperatura dos oceanos, essas formações passam por um processo conhecido como branqueamento, como é chamada a morte dos pólipos que vivem nos corais. A degradação é rápida e deixa para trás nada mais do que um calcário sem vida. Existem, no entanto, populações que resistem ao processo e são capazes até mesmo de recuperar a matéria orgânica perdida para o calor.
Pesquisadores australianos estudaram essas formações e descobriram que há maneiras de determinar que tipos de recifes são fortes o suficiente para sobreviver aos efeitos do calor crescente. De acordo com o estudo, publicado na revista Nature, as formações com maior complexidade estrutural e que ficam em áreas mais profundas têm mais chances de se recuperar.
[SAIBAMAIS]A descoberta, defendem os pesquisadores, pode servir de guia para a delimitação de reservas, garantindo a proteção dos recifes de coral e, consequentemente, de toda a vida marinha da região. ;Já que a complexidade da estrutura é um importante determinante para a recuperação dos recifes, também seria pertinente impedir atividades humanas que destroem ou simplificam a estrutura desse hábitat;, defende Shaun Wilson, do Departamento australiano de Parques e Vida Selvagem e coautor do estudo.
Segundo ele, medir a estrutura e a profundidade do ecossistema seria o suficiente para prever, com 98% de certeza, se ele seria capaz de sobreviver à degradação causada pelo aumento de temperatura. Também seria possível fazer a estimativa com base em outros três fatores ambientais: níveis de nutrientes do recife, a quantidade de peixes que se alimentam no local e a taxa de sobrevivência de corais jovens na região.
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