Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Estudo de pesquisadores ingleses liga pessimismo a distúrbios do sono

Aqueles que dormem pouco ou muito tarde são mais propensos a pensamentos perturbadores repetitivos. O resultado indica que melhorar a qualidade do descanso pode ajudar a combater esse estado mental, comum em pessoas deprimidas



Jacob Nota, aluno de Coles e coautor da pesquisa, conta que estudos anteriores já haviam feito essa conexão. ;O que fizemos agora foi replicar esses estudos para verificar se também há uma relação entre esse tipo de pensamento e o horário em que a pessoa vai se deitar;, diz. Para tanto, eles pediram a 100 jovens adultos estudantes da universidade para completar uma bateria de questionários e fazer dois testes computadorizados. No processo, os pesquisadores verificavam o grau de preocupação, ruminação e obsessão dos universitários com alguma coisa ; essas são as três medidas sobre as quais o pensamento negativo se fundamenta. Os estudantes também deviam falar sobre seus hábitos de sono, se eram pessoas mais noturnas ou diurnas e se dormiam bastante de uma só vez ou fragmentavam o descanso, entre outras questões.

Os pesquisadores descobriram que pessoas que dormem pouco e vão para a cama mais tarde geralmente têm mais pensamentos negativos repetitivos que as outras. Isso foi observado, principalmente, entre os estudantes que se descreveram como pessoas de hábitos noturnos. ;Dormir no horário certo pode ser uma intervenção simples e barata para indivíduos que se incomodam com pensamentos intrusivos;, diz Nota. O estudo também sugere que o sono interrompido está ligado ao desenvolvimento desse tipo de ideia fixa. ;Pessoas em risco desse distúrbio de pensamento podem se beneficiar da estratégia de dormir por mais tempo;, afirma o estudante.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.