Ciência e Saúde

Nova técnica deixa cientistas mais próximos de regeneração de tecidos

Uma das vantagens do procedimento é que ele reduz consideravelmente o risco de rejeição

Isabela de Oliveira
postado em 18/11/2014 06:07
Pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, anunciaram, no 168; encontro da Sociedade Acústica da América, uma técnica que aproxima mais médicos e cientistas do sonho de regenerar e recriar tecidos e órgãos danificados. Ela promete ser menos invasiva do que as disponíveis hoje. Em vez de substâncias químicas e processos enzimáticos, os estudiosos descobriram que é possível induzir com som a geração de estruturas necessárias para a engenharia de tecidos.

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A técnica seria uma aliada da medicina regenerativa na cura de lesões e danos sem solução. Já se sabe que as células-tronco são indispensáveis nesse processo. Entretanto, assim como nas obras de pedra e cimento, os tecidos humanos necessitam de uma espécie de bloco estrutural. Sem ele, as células- tronco não conseguem se desenvolver, por exemplo. As estratégias mais comuns desse campo de estudo empregam suportes em 3D que imitam a matriz celular natural.

Essa rede estrutural é imprescindível para a adesão celular, a diferenciação e a proliferação das células-tronco e a consequente geração de tecidos. Quase que por acaso, a equipe liderada por Yak-Nam Wang desenvolveu uma técnica para criar esse ;andaime biológico;. Tudo começou quando tentavam eliminar células cancerígenas de animais utilizando um método chamado histotripsia. Basicamente, o processo utiliza rajadas longas de alta intensidade de ultrassom para derreter as estruturas doentes.



Wang surpreendeu-se ao perceber que os restos dessas células não eram eliminados pelo corpo, ao contrário do esperado. Sem querer, ele havia encontrado a tão procurada matriz celular em seu estado natural. ;Em alguns dos nossos experimentos, descobrimos que tecidos ficavam para trás. Então, tivemos a ideia de usar a técnica para auxiliar a engenharia de tecidos e a medicina regenerativa;, disse o pesquisador-sênior em comunicado à imprensa.

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