Um estudo sobre os rumos da sustentabilidade no Brasil foi apresentado nesta segunda-feira (17/11) pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável. O trabalho intitulado Diretrizes Para uma Economia Verde apresenta indicadores para seis setores da atividade econômica sob o olhar da sustentabilidade.
Os especialistas desenvolveram, ao longo de um ano, estudos sobre água, energia, transporte, resíduos sólidos, agricultura e mercado financeiro. Pela primeira vez, foram apresentadas metas quantitativas que podem balizar soluções a médio e longo prazos.
A ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, contou que o estudo foi feito em torno de temas prioritários para o mundo e para o Brasil. A preocupação foi relacionar a mudança do clima com as políticas públicas e os novos modelos de desenvolvimento.
"Os especialistas brasileiros de várias vertentes mostram os desafios que o Brasil tem, que é o desafio global de redução de emissões, além do desmatamento. Com base em dados da nossa economia, da nossa história de políticas públicas, [eles] começam a projetar quais seriam os possíveis caminhos a serem debatidos pelas cidades brasileiras e a serem tomados pelo Brasil em relação ao seu desenvolvimento", disse a ministra.
O professor da Universidade de São Paulo Oswaldo Lucón apresentou alguns indicadores com os quais a sociedade consegue acompanhar para que lado está indo o setor energético e a economia brasileira. "A perspectiva do estudo mostra que o Brasil pode avançar, mas precisa rever as políticas de eficiência energética, de microgeração distribuída, de redes inteligentes, de energias renováveis, de transporte sustentável em todos os modais, de uso de solo, de código de edificação, para nós termos edifícios mais confortáveis e eficientes e acima de tudo produções e consumo;, diz o professor.
Para a professora do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia Suzana Kahn os novos combustíveis e transporte coletivo são essenciais. ;É o vetor de mudanças, porque a questão de congestionamentos, de mobilidade, de acidentes, enfim, são tantos outros problemas muito mais próximos ao cidadão do que clima, que se deve privilegiar, resolver esse tipo de problema. E as emissões [de gases de feito estufa], a redução das emissões vem como consequência", contou Suzana.