Belo Horizonte - De acordo com estatísticas, cerca de 30 mil pessoas terão câncer de intestino no país neste ano. É o segundo tipo que mais acomete as mulheres, perdendo apenas para o de mama; e o terceiro mais incidente entre os homens, depois do de próstata e do de pulmão, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Quando diagnosticado precocemente, o tumor tem chances de cura de até 70%. E um dos métodos responsáveis pelo descobrimento do problema ou do risco dele é a colonoscopia, exame que ainda enfrenta resistência no país. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso e são detectadas pelo procedimento.
A colonoscopia é indicada para indivíduos a partir dos 50 anos como medida de prevenção de neoplasias de cólon e reto, ou para pessoas mais novas e com histórico familiar das doenças. Se a pessoa tem um histórico de câncer de intestino em parentes de primeiro grau ; pais, irmãos e filhos ;, deve começar a prevenção aos 40 anos ou 10 anos antes da idade do familiar que teve a doença.
Coloproctologista, professora da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e presidente da Sociedade Mineira de Coloproctologia, Sinara Leite explica que o exame se tornou mais popular nos últimos 20 anos, a partir do conhecimento de que a grande maioria dos tumores de intestino tem origem nos pólipos intestinais. ;Pólipos são lesões que crescem na parede intestinal. Surgem por alteração genética nas células intestinais herdada ou adquirida ao longo da vida. A ideia é encontrar os pequenos, removíveis e não lesões já avançadas;, explica. Ela ressalta que, antes dos 50 anos, pode-se fazer a prevenção de câncer de intestino com pesquisa de sangue oculto nas fezes e exame proctológico. ;Esses procedimentos são mais simples, acessíveis e permitem avaliar quem deve ser encaminhado à colonoscopia.;
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